domingo, 22 de junho de 2008

Seminário: Grupo I e II: A Divisão do Trabalho

DURKHEIM, Émile. Da divisão Trabalho Social. Trad. Eduardo Brandão-2ª Ed.-São Paulo: Martins Fontes,1999. P.1 à 9.
Introdução

Adam Smith tenta teorizar a questão do fenômeno trabalho, a sua importância: “Conquanto a divisão do trabalho não date de ontem, foi só no fim do século passado que as sociedades começaram a tomar consciência dessa lei, ou de que havia leis”.
Hoje não há mais ilusão quanto as tendências de nossa indústria moderna, ela vai cada vez mais no sentido dos mecanismos poderosos, dos grandes agrupamentos de forças e capitais e, por conseguinte, da extrema divisão do trabalho.
A divisão do trabalho não é especifica do mundo econômico, ocorre em vários setores da sociedade. A medida que o princípio da divisão do trabalho recebe uma aplicação mais completa, a arte progride, o artesão retrocede, de maneira geral.
Essa divisão passa a aparecer apenas como uma forma particular de todo processo geral, ela se torna um bem e passa a ser necessária para que a base social se torne fundamentais para se manter a ordem social.
Hoje o homem diferente daquele de outrora, precisa se aperfeiçoar, aprender seu papel, e tornar-se capaz de cumprir sua função, mas capazes de prestar outras mais.


Investigação sobre a natureza e as causas da Riqueza das Nações:

O autor inicia dizendo que a divisão do trabalho vem causando o desenvolvimento da produtividade. Quando a atividade envolve muitas operações, a boa divisão do trabalho faz com que produza mais em menos tempo (fábrica de alfinetes). Assim os trabalhadores ocupam um espaço menos à vista do observador. Enquanto que nas grandes fábricas isto é quase que impossível devido à quantidade de pessoas e os grandes espaços. Embora em muitos casos não seja possível subdividir o trabalho em operações tão simples.
Na busca de maior produtividade surge os ramos industriais, acentuando cada vez mais a divisão do trabalho (cita pág 8).
Entretanto, alguns ramos de atividade não aceita tantas subdivisões como no caso da agricultura que é o inverso da industria.

A divisão do trabalho trouxe aumento na produção devido a três justificativas:
  • A invenção de máquinas;

  • Melhor capacitação dos trabalhadores;

  • A realização da atividade em menor tempo.

Estes três itens bem vinculados foi o alcance rapidamente dos objetivos e mais lucros à industria.

A Divisão do trabalho:

O mais antigo principio inovador do modo capitalista de produção foi a divisão do trabalho, permanecendo como princípio fundamental da organização industrial.
A terminologia do trabalho segundo Marx, deriva do trabalho humano, pois difere do animal que não tem essa função, o homem sabe como produzir de acordo com o padrão de cada espécie.
A divisão social do trabalho na oficina é produto peculiar da sociedade capitalista, ela divide a sociedade entre ocupações.
Ainda no capitalismo, os produtos da divisão social do trabalho são trocados como mercadorias, enquanto os resultados da operação do trabalhador parcelado não são trocados dentro da fábrica como mercado, mas são todos possuídos pelo mesmo capital. Enquanto a divisão social do trabalho subdivide a “sociedade”, a divisão parcelada do trabalho subdivide o “homem”.
Segundo Durkheim, a divisão do trabalho na sociedade cresceu a medida que sua aplicabilidade ao mundo moderno diminuiu. Ele continua a seu modo, evitando resolutamente as condições sociais especificas sob as quais se desenvolve a divisão do trabalho em nossa época, enaltecendo sempre a proposição de que: “O ideal de fraternidade humana só pode ser realizado na razão do progresso da divisão do trabalho”.
A divisão do trabalho na produção começa com análise do processo de trabalho, tal análise ou separação, de fato, é característica em todo o processo de trabalho organizado por trabalhadores para ajustar-se às suas próprias necessidades.

O autor levanta uma questão no texto: "Que o trabalhador pode parcelar o processo, mas ele jamais se converte num trabalhador parcelado pela vida afora, esta é a contribuição do capitalista".
Para alguns pensadores a divisão do trabalho que aumenta a produtividade, e esse importantíssimo princípio que significa que dividir ofícios barateia suas partes individuais, numa sociedade baseada na compra e venda da força de trabalho.

O princípio de Babbage: É fundamental para a evolução da divisão do trabalho na sociedade capitalista, ele exprime que a divisão se dá sobre o aspecto social. Traduzindo em termo de mercado, isto significa que a força do trabalho capaz de executar o processo pode ser a comprada mais barato com elementos dissociados do que como capacidade num só trabalhador. O modo capitalista de produção cria uma população trabalhadora ajustada às suas necessidades.
A força do trabalho converte-se numa mercadoria. Suas utilidades não mais são organizadas de acordo com as necessidades e desejos dos que a vendem, mas antes de acordo com as necessidades de seus compradores que são, em primeiro lugar, empregadores à procura de ampliar seu valor de seu capital. Surgindo uma lei de divisão do trabalho capitalista, onde desse modo, é dada uma estrutura a todo o processo de trabalho que em seus extremos polariza aqueles cujo tempo é infinitamente valioso e aqueles que cujo tempo quase nada vale, não sendo a única força que age no trabalho, mas no geral sendo a mais forte e de valia.

Nenhum comentário: